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segunda-feira, 26 de julho de 2010

8 anos do Mate Com Angu - nesta quarta!



8 anos do Mate Com Angu - nesta quarta!
Venha comemorar com a gente! Cinema, forró e festança na lua cheia!
Cineclube Mate Com Angu apresenta a sessão Infinito - Cinema é pra celebrar!
Aniversário de 8 aninhos de manguinhas de fora
# Filmes pra cosquinha na alma
# Circo mucho loco com Los Tchatchos
# Forró pé-de-serra pancadão com o Trio Dominguinhos do Recife
# Festa com a DJane Pené Deluxe no comando
A poeira vai subir - venha pra se esbaldar!
Na Lira de Ouro
Rua Sebastião de Oliveira, 72, Centro de Caxias, próximo ao calçadão.
20h30min
Entrada franGa
www.matecomangu.com.br

terça-feira, 20 de julho de 2010

A leitura nas eleições de 2010



O menino olha o livro, mira-o e parte em sua direção. Alguém lhe deu o livro num momento de sua vida, apresentou-lhe a história e hoje ele mergulha no rico universo da literatura. Um encontro maravilhoso, repleto de descobertas e possibilidades, que serão aumentadas com outras leituras. Pois é, bom que o menino foi apresentado aos livros e desenvolveu o hábito da leitura, pois muitas pessoas não tiveram a mesma sorte dele. Sorte não, oportunidade. O fato é que existem medidas concretas de incentivo a leitura que devem ser colocadas em prática e a sociedade civil precisa cobrar dos governos a sua implementação. Por exemplo, o que os candidatos às eleições de 2010 pretendem fazer pela leitura? Eles conhecem o Plano Nacional do Livro e da Leitura? Pergunte a eles.
O Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL) é um conjunto de projetos, programas, atividade e eventos na área do livro, da leitura e bibliotecas em desenvolvimento no país, empreendidas pelo Estado e pela Sociedade Civil. Para que o PNLL atinja seus objetivos e promova avanços significativos na área da leitura, são necessários quadros políticos que conheçam o tema e dediquem seus mandatos a desenvolvê-los.
Numa época de debates políticos fracos e discursos vazios, onde o marketing do candidato é mais importante que suas idéias, cabe a sociedade civil pautar o debate e dizer quais são suas preocupações e reivindicações.
Por isso, democratizar a leitura é importante e colocar o tema nas eleições de 2010 também. O envolvimento do maior número de pessoas colocando a leitura no centro do debate, conversando com os familiares, amigos, em casa, no trabalho, na igreja e nas reuniões políticas, dará força ao movimento e sua presença na opinião pública. O desafio está posto. Quem topa?

Saiba mais sobre o Plano Nacional do Livro e da Leitura no site http://www.vivaleitura.com.br/pnll2/default.asp

segunda-feira, 12 de julho de 2010

APALPE_01



Sábado de manhã e eu no ponto esperando o Piabetá x Passeio. Independente do lugar que eu vá, seja longe ou perto, programado ou não, a viagem sempre começa nesse ponto. Quase sempre definimos nosso trajeto com locais a serem visitados, tempo de permanência neles e nos deslocamentos feitos, porém a partir do ponto inicial, nesse caso o ponto de ônibus, a partícula, nesse caso eu, pode ter seu percurso alterado devido o contato com algum vetor que atravesse a trajetória inicial prevista. E o dia começou dessa forma. Um amigo que seguia para a Barra da Tijuca me deu uma carona até Bonsucesso. De lá peguei um ônibus para a lapa, e desta peguei o 410 até o Humaitá. É o primeiro dia do APALPE, um curso intensivo com dez encontros aos sábados, onde a turma terá contato com várias linguagens artísticas, como vídeo, artes cênicas, grafiti, rap, literatura e outros, além de sermos encorajados a resolver vários desafios propostos. Será um mergulho no rico universo da criação e produção cultural. A idéia é que os participantes elaborem produções artísticas que relacionem corpo, território e palavra. No dia 12 de setembro, os participantes realizarão uma grande intervenção urbana na cidade. Estou pra lá de empolgado...

Cheguei 15 minutos antes de começar a oficina, mas não pude participar, pois não estava com roupa apropriada, que deveria ser bem leve sem estampas. Um moletom e uma camisa de malha. Assim como eu, outras pessoas não puderam participar e somente observamos. Faustini, idealizador e coordenador do projeto, organizou uma roda e pediu para que os participantes tirassem os sapatos afim de ficarem mais a vontade. Ele falou que o processo criativo necessita de procedimentos, técnicas e limites claros, pois a criação precisa ser de uma direção bem definida para gerar o resultado esperado. Por exemplo, quando se abre o concurso para samba enredo das escolas de samba, os compositores já conhecem os procedimentos e o formato exigido pela comissão julgadora. A criatividade deles é livre para delirar dentro dos limites preestabelecidos. Existem formas e procedimentos para a criação artística e o desafio é torná-los democráticos, ao ponto de todos dominarem os processos de criação e não apenas um grupo, que freqüentemente é visto pela sociedade como “os iluminados”.

Faustini pediu para os participantes da dinâmica escolherem três pontos no auditório e caminharem sobre eles, executando os comandos solicitados. Caminhar pela trajetória de forma leve, pesada e densa. Alto e Baixo. Feio, horroroso, asqueroso e hediondo. A forma de caminhar mudava, mas a trajetória não. Existiam limites.

Faustini falou que não cabe a arte representar mais nada, até porque a representação está em crise. A arte deve criar ambientes, promover estímulos e desenvolver dispositivos que disparem outras ações. Gostei disso. Dessa forma a arte não tem um autor, um sujeito, e sim mediadores de um fluxo que atravessa varias pessoas de maneiras distintas, provocando outras ações imprevistas e incalculáveis. Não existem essências a serem representadas e sim experiências e serem realizadas.

Essa dinâmica rolou das 10:00 a 13:00 e em seguida serviram o almoço. Era um marmitex com arroz, feijão, frango e salada. Bati um pratão! Todos almoçaram bem rápidos, pois logo após aconteceu uma palestra com B-A sobre a plasticidade da palavra. Ela falou sobre a linguagem verbal e a linguagem visual, e como essas duas eram interligadas em outras civilizações. Sumérios, egípcios, chineses e poesia concreta foram alguns dos pontos por onde passaram seus argumentos. Após a explanação, fomos convidados a realizar uma atividade prática. Com tinta guaxe e nankin, todos pintaram e desenharam uma palavra mencionada no texto sobre iorgute elaborado durante a oficina matinal. O resultado foram oito cartazes de 5 metros de comprimento por 1 metro de largura, cheios de palavras desenhadas, onde letras e imagens davam formas aos sentimentos despertados com as lembranças de iorgutes em nossas vidas. Um belo trabalho.

Como trabalho para casa, ficou a tarefa de levar 10 objetos vermelhos para o próximo encontro. Adorei tudo e espero que se torne cada vez mais interessante à medida que o grupo vai se entrosando e criando laços de afetivos. Faustini emitirá mais comandos e exigirá muito da gente, pois acredita em suas idéias e no grupo que selecionou. Ninguém sabe o resultado dessa empreitada e somente tenho uma certeza: darei meu melhor.

http://apalpe.wordpress.com/

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Palavra da Periferia - APALPE






Coordenado por Heloísa Buarque de Hollanda e Marcus Vinicius Faustini, o projeto vai dar vez e voz para a periferia do Rio.

O ponto de partida para o trabalho será o “Guia afetivo da periferia”, romance que revela as impressões de Faustini, em suas andanças pela cidade do Rio.

A ideia é fazer com que os participantes elaborem intervenções artísticas, expressões de sua relação com a cidade, por meio de linguagens diversificadas.

De 10 de julho a 12 de setembro, os inscritos participarão de oficinas, debates, palestras, visitas guiadas, entre outras atividades.

Artistas e ativistas sociais vão apresentar as diversas linguagens, de Literatura a Hip-hop, passando pelas Artes Plásticas, culminando na realização de um grande evento na cidade.

Coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PACC/UFRJ), Heloísa Buarque de Hollanda destaca o trabalho sobre a palavra que será feito no Apalpe.

Já Marcus Vinicius Faustini explica o porquê do incentivo à produção de novos guias para mapear, afetivamente, o território da cidade.

Eis a apresentação do Apalpe feita por seus coordenadores, os pais do projeto:

O que é o Apalpe?
Heloísa Buarque de Hollanda – O Apalpe tem um significado diferente para cada um de nós dois. Eu sou uma professora de Literatura crente na palavra. Acredito piamente na palavra. A palavra é uma carta de alforria. Sabendo lidar com ela, uma pessoa é livre e poderosa. O Apalpe, para mim, é sobre tudo escrita, não é tanto memória. É mais o exercício da palavra em relação à experiência de cada um. Mas não é qualquer palavra. É uma palavra que vai ser muito trabalhada. Vamos fazer oficinas, palestras, grupos de motivação; vamos dar todos os recursos para as pessoas fazerem um uso competente da palavra. Quando a pessoa conquista a palavra, conquista o mundo.

Marcus Vinicius Faustini – O Apalpe é uma tentativa de criar uma relação com as palavras na cidade plasticamente. É a palavra como estética, que se reconhece. O Apalpe é um projeto-ação designer para se relacionar com a cidade e com as pessoas, a partir da palavra. Quem vai procurar o Apalpe é quem quer expressar a existência. O Apalpe é o lugar do encontro, aonde a cidade se encontra. Queremos reunir pessoas de diferentes lugares da região metropolitana do Rio de Janeiro.

E como será o projeto?
Faustini – Vamos ter oficinas de criação a partir de elementos externos. Criar sobre o território é criar sobre elementos externos. Temos de fugir da representação. A representação parte da ideia de que existe um ser humano em essência. E a existência precede a essência. O Sartre já resolveu isso há muito tempo. A tentativa desse projeto é de pensar linguagem e território. É preciso romper com essa ideia de que o pobre como criador deve partir de sua vida melodramática. E os mediadores vão provocar isso. Vamos passar por um “looping” de oficinas. São dez sábados num mergulho de criação. E no dia 12 de setembro faremos uma intervenção na cidade.

Heloísa – Estou atenta ao desenvolvimento da expressão. Acredito que se trata de um gesto político. Ter a palavra é ter a voz. Meu projeto é esse: que as pessoas realmente consigam instrumentalizar bem a palavra para poder argumentar e fazer as suas demandas. E o Faustini está muito ligado à questão do território e de memória. E a chave que ele encontrou de memória afetiva é fantástica. Ele não trabalha com uma memória fria, contada, mas uma memória experimentada. Isso faz uma grande diferença, principalmente pelo uso da palavra. Na Bíblia está escrito: “No princípio era o verbo” e eu acho que no fim também vai ser o verbo.

O Apalpe vai seguir o modelo do Guia Afetivo da Periferia, o livro do Faustini. A ideia é que cada um faça o seu “Guia Afetivo”. Como surgiu o livro?
Heloísa – Ouvia as pessoas falarem sem parar sobre os movimentos da periferia, sobre os talentos da periferia etc. Mas eram sociólogos, antropólogos, que mal tinham pisado na periferia. Eu pensei: está na hora de dar voz aos protagonistas destes movimentos. Então, abri essa coleção, que será uma coleção de 30 volumes, na qual as pessoas contam sua experiência, ou seu projeto cultural, ou sua própria experiência pessoal. São livros escritos por líderes. Quando o Faustini me trouxe esse texto, me apaixonei imediatamente. Eu acho que isso vai ser muito exercitado no Apalpe.

Faustini – O Apalpe é uma tentativa minha de esgarçar o “Guia afetivo da periferia”. Demorei mais de 30 anos para me encorajar a escrever um livro. Eu venho de periferia e nunca somos encorajados a escrever. Somos mais encorajados a falar na periferia. Eu penei muito até encontrar como artista a precisão do que eu queria falar. Quando pensei no Apalpe, pensei em uma maneira de as pessoas se aproximarem do meu livro. Fui vender o meu livro na rua. Vejo que a arte, hoje, não deve criar representações. Meu livro não é uma representação. Meu livro é um dispositivo. Se fosse escrever um romance, talvez não conseguisse. Mas como criei um dispositivo, que foi escrever sobre ruas, consegui. Então, pensei: meu livro deve ser um dispositivo de criação para outras pessoas. É o meu fundo comunista, querendo ser comum a todos.

Por que incentivar a criação de novos “Guias da periferia”?
Faustini – O território é tudo, menos o mapa. Aceitamos, na representação de pobre no Brasil, que o homem era a terra. Euclides da Cunha fez isso em os Sertões, por exemplo. Em Vidas Secas, Graciliano Ramos fala da subjetividade de Fabiano misturado àquele sertão. O homem do povo já foi o homem da terra. O homem de origem popular da cidade é o seu território. Estou seguindo uma linha de interpretação literária. Eu não estou fazendo um projeto social. Estou fazendo um projeto estético com designer social.

Heloísa – O Faustini quer ter esse mapa da periferia, como ele fez de forma brilhante a memória do seu trânsito pela cidade, quando jovem. O Faustini é muito político, quis dar essa chance para muita gente e, além disso, ter o resultado desse mapeamento do afeto territorial das pessoas.

Desde o século XIX, personagens da periferia vêm sendo retratados na Literatura Brasileira. Qual é a diferença do retrato feito dos personagens da periferia para seu autorretrato?
Heloísa – Acredito que há diferença sim. É quase inevitável que os traços fiquem em preto e branco, já que a pessoa não conhece aquilo bem. Não que se faça isso sempre, mas acontece. Quando se trata de um autorretrato, há um carrego de nuance muito grande. A diferença entre essas literaturas é mais de intensidade de nuances.

Faustini – Eu só li livros de pessoas de origem de classe média. Demorou muitos anos para eu ler livros de pessoas de origem popular. E quero ouvir mais gente de origem popular. E o Rio de Janeiro popular para mim, hoje, não é apenas a favela, a comunidade, o conjunto habitacional. É também a rua, a Lapa. O popular é a maior invenção da cultura brasileira. Não quero que haja apenas pessoas da classe média escrevendo sobre o popular. Quero gente de origem popular escrevendo sobre o popular. Está na hora de termos intelectuais de origem popular. Esse é o meu comunismo. E aí o Brasil vai ficar mais interessante assim.

E como surgiu essa parceria?
Faustini – Eu sou um menino de origem popular que sempre reverenciei os mestres da cultura brasileira. Procuro a colisão afetiva.

Heloísa – O Faustini é fissurado em território. E sou sou mais fissurada em palavra. Por isso, acredito que vai dar uma boa química. Eu seguro a palavra e Faustini o tema, apesar de ele ser um exímio usuário da palavra. Ele escreve muito bem.

E o que vocês diriam a quem está interessado em participar do Apalpe?
Heloísa – Vai fundo porque vai dar certo. Temos sonhos gigantescos para esse projeto.

Faustini – A obra é criar as estratégias para que todos façam obras.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

1º Arraiá Literário de Biblioteca Comunitária Solano Trindade


CAROS AMIGOS, REPASSEM POR FAVOR!






1º Arraiá Literário da Biblioteca Comunitária Solano Trindade



Dias 02, 03 e 04 de Julho – 18hs



Rua AK Lote 14 Quadra 48 – Cangulo- Duqe de Caxias




Barracas típicas

Quadrilhas

Distribuição de Livros

Pescaria Literária

Bingo

Grande Fogueira

Apresentações Artísticas



Maiores informações:

9743- 6627 e 7818-9654 id 119*79341(Antonio Carlos).



www.bibliotecasolanotrindade.blogspot.com
RR